terça-feira, 30 de março de 2010

BOASSAS 1 - CEIREIROS 6

Jogo para cumprir calendário, servindo de ensaio para o jogo da taça, neste sábado, dia 3 de Abril, frente ao Lusitano.

sábado, 27 de março de 2010

quarta-feira, 24 de março de 2010

RETRATOS CEIREIROS: O TONINHO DO ANTERO

O Sr. António Teixeira morou junto do adro, na casa do sr. Antero, que era barbeiro. Desde esses tempos que os seus ditos caíam em graça aos clientes.
Porém, para a nossa memória infantil, começou a inscrever-se como protagonista relevante da epopeia ceireira , a partir do momento em que conquistou a aldeia com os seus carnavais: na companhia do Zé Gaitas, da srª Dalinda da Ana, da srª Olímpia, eles corriam as ruas de volta ao povo, corroendo e sintetizando os anais dos usos e costumes beselguenses.
Acompanhávamo-los de volta ao povo, nas tabernas e, sobretudo, no Adro de Baixo onde observávamos os trajes ridículos e as histórias mordazes de comicidade popular que eles teciam num enredo improvisado.
No entanto, a grande coroação, como herói cómico, adveio-lhe do primeiro teatro, muito bem produzido por um grupo de pessoas, que se realizou na garagem do sr. João do Amêndio, nos finais da década de 50 ou princípios de 60. O grande dinamizador foi o sr. Padre Donaciano, que acabava de chegar à paróquia em substituição do velho Pe Carlos.
As pessoas da aldeia foram, pelos seus papéis de actores, erigidas a um estatuto de heróis admirados por toda a povoação. Recordo-me da “moleirinha”, de um “preto” muito bem caracterizado (creio que o Zé Saraiva, hoje na Austrália) e, acima de todos, o sr António do Antero que aí dramatizou as várias peripécias vividas numa viagem a Lisboa de um modo tão cómico (o bilhete picado, as verças espremidas no Entroncamento, ou a entrega das chouriças em Lisboa, as casas que andavam… ), que nunca mais consegui olhar para ele sem esboçar um sorriso.
Nesta época de Quaresma, aparentava algum cansaço, alquebrado pelo duro trabalho que o curvava depois de uma vida irrequieta. E quis retirar-se de cena, deixando o palco da vida ceireira mais pobre e mais triste por estes lados do Oitão.

- Mário Lourenço

terça-feira, 23 de março de 2010

GCD "OS CEIREIROS" ADEREM AO CLAS DA REDE SOCIAL DO MUNICÍPIO DE PENEDONO

Os Ceireiros são mais um parceiro do CLAS (Conselho Local de Acção Social)da Rede Social do Município de Penedono.
A integração aconteceu no dia 23 de Março de 2010, em reunião ordinária, do plenário que teve lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho. O CLAS passou de 34 parceiros para 37.
De hoje em diante, este espaço, também será um local de divulgação das iniciativas da Rede Social do Município de Penedono.
O Grupo Beselguense procurará, de acordo com o seu objecto social, contribuir para os propósitos da Rede Social.
Para outras informações visite o sitio da Rede Social em www.cm-penedono.pt.

segunda-feira, 22 de março de 2010

RETRATOS CEIREIROS: O FERNANDO CARQUEIJA

Fernando Augusto Lopes foi, sem dúvida, uma das figuras que melhor incarnou o espírito ceireiro. Trabalhou desde bem novo na junça, apesar de andar a ganhar o dia, a maioria das vezes, nas tarefas agrícolas.
Conheci-o sempre como um bom selvagem. Conhecia as técnicas do homem primitivo herdadas de um conhecimento ancestral. Como se “desvirava” a terra ao cavar, como descobrir os mais recônditos ninhos, distinguir e chamar pelo nome correcto a diversidade dos pássaros, subir com agilidade a qualquer árvore, reconhecer a necessidade de poda de um ramo, talhar com mestria piões, pateiros, rodas de carros… Só na escola não conseguia agradar ao sr. professor Francisco: a sua lousa andava sempre escaqueirada de tanto levar com ela na cabeça. Mas o Fernando vingava-se. Quando em frente da secretária do sr. professor líamos a lição ou fazíamos os problemas no quadro, o Fernando deixava-se ir, com o balanço do bofetão, contra a secretária não conseguindo parar a força das brochas dos seus tamancos. “-Malandro, partiste a tábua, fizeste de propósito?!””-Não senhor, não consegui foi equilibrar-me…!”
No recreio, o Fernando dava festival. Poço de força e técnica, fintava e marcava golos das mais variadas maneiras e feitios. Obstáculo temível era o sr professor, que também jogava muito bem. As balizas eram duas pedras junto ao muro. O sr professor era defesa e o Fernando tentava passar junto ao muro para a baliza, mas não conseguia ludibriar aquele imponente defesa. De repente, bate a bola na diagonal contra o muro e vai recuperá-la do outro lado ficando isolado para marcar o golo: “Olha o malandreco, para os problemas não tens tu esta esperteza!...” E o Fernando, cabisbaixo, gozava humildemente esta vitória, enquanto todos vibrávamos com a sua astúcia.
Um dia, nos princípios da década de sessenta, fomos jogar a Sernancelhe. Domingo ao início da tarde, aí fomos nós a pé. Falámos da imponência do estádio que até já tinha balizas de madeira! Eram muito largas e por isso, diziam alguns, nem valia a pena pôr lá guarda-redes. Chegados ao campo, fizemos as equipas, encheu-se a bola de coiro, pesadíssima e começou o jogo.
A maioria de nós jogava descalço. E eis senão quando, o Carqueija marca um golão: do meio campo arranca um tal remate que o guarda-redes de Sernancelhe nada pôde fazer. O Márito não acreditava e exigiu que o jogo parasse para ir ver os pés descalços daquele miudito!... E o Fernando voltou a marcar mais vezes, deixando fama por essas bandas.
Esteve depois, como emigrante, em França e, quando começámos a participação desportiva, mais a sério no INATEL, na década de setenta, o Fernando era um dos nossos jogadores. Trabalhou, como todos os ceireiros, nas obras do novo campo e a ele se deve a plantação das mimosas na rampa que, defendia, iriam impedir a água de levar a terra na barreira.
Mantinha o seu ar, também aqui de bom selvagem. Um dia, ainda no campo das Antas, jogávamos já não sei com quem, mas o Carqueija equipou-se de botas normais e o árbitro não o deixou entrar, enquanto não arranjasse umas chuteiras. Não foi fácil, mas lá entrou. Creio que estávamos a perder e o Fernando ia lançar uma bola da linha lateral. O adversário, experiente, passou por ele e em vez de lhe dar a bola para repor em jogo, atirou-a para longe, ficando em frente do Fernando. Instintivamente, o Fernando prega-lhe dois bofetões. Acorre o árbitro com o cartão vermelho em riste… Bem se desculpava com a atitude de provocação do adversário, mas o árbitro sorria irredutível.
Apanhou três jogos de castigo e, quando no domingo seguinte, íamos na camioneta a caminho de Valdigem, enquanto o João Anciães cantava a “Mariazinha” a pedido do sr. Aires, o Fernando, pesaroso, segredava-me que nunca mais voltaria a reagir daquela maneira, porque era muito duro ficar de fora, sem poder jogar.

Tinha estado com ele o mês passado no café e falava-me radiante, da época que o Benfica estava a fazer… desta é que vai ser!... Esta semana deram-me a notícia do seu funeral e eu sinto que realmente perdemos muitas das nossas histórias ceireiras de que ele fora protagonista e que muito ainda poderia testemunhar. E apesar de o homenagearmos com algumas recordações, vai-se apagando a chama bruxuleante da memória colectiva da nossa aldeia ceireira….

- Mário Lourenço

CEIREIROS 1 - SERNANCELHE 3

Resultado justo, que espelha bem o que se passou em campo. Um Sernancelhe mais eficaz, tanto a atacar como a defender. Os Ceireiros tentaram dar uma resposta ao primeiro golo forasteiro, que aconteceu muito cedo, mas com agravar das condiçõs climatéricas (muita chuva), tornou-se difícil colocar em prática as intensões ofensivas. O intervlo chegou com o resultado em 3 - 0, tendo Tozé redizido para 3-1.

Uma palavra de felicitações ao Sernacelhe e a todos os seus elementos pelo campeonato e respectivo título!

















segunda-feira, 15 de março de 2010

PARADA DE GONTA 0 - CEIREIROS 3

Um jogo de baixa qualidade técnica, valendo essencialmente pelos três golos da nossa equipa, dois foram da autoria de David Augusto e um de Néne.

CEIREIROS 4 - VALE DE MADEIROS 0

Um Jogo bem disputado onde ambas as equipas queriam vencer, mas o resutado acabou por sorrir à melhor equipa em campo.

Ceireiros 1 - SC Vale de Açores 1 FESTA DA INAUGURAÇÃO DO RELVADO SINTÉTICO

O Grupo Cultural e Desportivo "os Ceireiros" fizeram parte da festa de inauguração do relvado sintético do Sporting Clube de Vale de Açores. O resultado final foi um empate a uma bola, tendo a nossa equipa estado a vencer durante grande parte do jogo.

Deixamos aqui uma palavra de apreço e simpatia pela equipa do SCVA e pela respectiva direcção devido à forma como fomos recebidos... Boa sorte!


Parabéns!





As duas equipas na apresentação!




Os Ceireiros enchem os estádios!




O nosso golo!