Na minha aldeia, ao entardecer,
costumavam os sinos repicar,
em alegria e fragor,
à hora das “Ave-marias.
Costume antigo, rural,
que a todos, lembrar queria,
pelos campos em redor,
que era hora de repousar.
O tempo é outonal, tardio…
e o dia está por um fio…
Homens e mulheres voltam do regadio,
partilha natural, nas nossas terras,
em tempo de estio…
Ao som do sino crepuscular
começa-se a rezar:
“Ave-maria, cheia de graça…”
…enquanto, com pressa e graça
se recolhem os utensílios
do diurno, duro mourejar…
E eu, que te venero, Maria, Mãe do Senhor,
quase sem querer, entabulo conversa com a oração
e começo a dizer, com amor:
…”…bendita sois vós, entre as mulheres…
e bendito o fruto do vosso ventre, JESUS…”
Por: Fátima Beco
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1 comentário:
Lindo este poema "NÃO É DE MINHA AUTORIA MAS ENQUADRAVA-SE BEM COM A MINHA ALDEIA " FIQUEI SURPREENDIDA E AO MESMO TEMPO FELIZ POR ENCONTRAR O MEU NOME POR AQUI OBRIGADO .
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