segunda-feira, 7 de julho de 2014

O ADEUS AO SR. AIRES

Se há textos que me custam escrever, este é, sem dúvida, um desses! Apesar de estar um pouco distante senti muito esta perda. Uma dor por alguém que partiu, por alguém que... sei... sei que gostava de mim.

Sr. Aires apesar de termos falado muito... muito ainda ficou por dizer! Por isso, brevemente, lhe farei uma visita nesta nova morada. Não lhe vou levar um copo, como muitas vezes repetiu no café, vou sim, levar-lhe um momento. Um momento de conforto e de consideração por alguém que tantas e tantas vezes partilhou muitas confidências comigo.

Lembro-me, entre muitas, de quando o levei a rever a sua terra natal, Santa Marta de Penaguião, e que em cada rua, em cada esquina se tentava recordar de alguns momentos ali passados, pois há muitos anos que "não regressava no tempo". Mas as melhores recordações foram e continuarão a ser aquelas tardes de sueca no café Primavera, em que o bater na mesa com bastante força e acompanhado de um poderoso grito, nos colocavam em sentido e nos obrigava a questionar como é que não se magoava!? "Puxa a trunfo! Para que é que os queres!? Para os guisares com batatas! Os trunfos no final não ganham!" Era característico! Era uma pessoa especial. Era uma pessoa correcta. Outros terão muitas aventuras de outros tempos para contar, nomeadamente de quando acompanhava a equipa de futebol da Beselga.... enfim a vida dele desde que veio para a Beselga, por altura da construção da Barragem da Dama, é recheada de histórias e peripécias que o colocam num lugar próprio. Mas tanto, tanto que aqui poderia escrever, mas... não consigo!
Descanse em paz SR AIRES!

Paulo Leitão

quarta-feira, 2 de julho de 2014