segunda-feira, 31 de março de 2014

Junça da Beselga de Penedono (certificação)

O Município de Penedono está a trabalhar intensamente na certificação da JUNÇA da BESELGA. Trata-se de uma fibra vegetal que nasce espontaneamente nas montanhas de Penedono e vai assumir um papel dinamizador da geração de riqueza. A partir do trabalho de cestaria realizado com a junça foi possível elaborar propostas de criação de artigos de decoração extraordinários que constituirão em breve ativos de valor acrescentado para a região.

As fibras vegetais, tal como os bordados de Guimarães, de Viana do Castelo, o figurado e a olaria de Barcelos, bem como os lenços de namorados do Minho, vão agora conquistar o reconhecimento que a certificação de origem vai permitir. Um passo mais na qualificação de uma arte e de um produto que atravessou gerações e constitui um fator de afirmação cultural.

Os produtos de artesanato são elementos identitários de uma cultura, assumindo múltiplas formas, expressas em materiais geralmente simples, como simples são as mãos que os produzem. Em barro, madeira, têxteis, ferro, metais preciosos e outros materiais, os produtos transmitem sentimento e evocam habitualmente a arte e tradições populares. Estima-se que actualmente cerca de 80.000 pessoas estejam regularmente ligadas ao artesanato e façam dele uma fonte de recursos para a sobrevivência das respectivas famílias.

A crise económica em que o país se encontra, com o encerramento de milhares de empresas e o aumento do desemprego veio relançar a importância do artesanato como setor de importância estratégica para as pequenas economias locais, possibilitando a sustentabilidade de milhares de trabalhadores.

O desenvolvimento do turismo criou uma nova oportunidade para o artesanato já que os turistas e visitantes apreciam os produtos da criatividade popular e tendem a adquiri-los como recordações da sua passagem por Portugal. Veja-se o quanto significa o Bordado da Madeira e dos Açores, os Lenços de Namorados do Minho, a Olaria, o Figurado de Barcelos e quanto significam já, o Bordado Guimarães e o Bordado de Viana do Castelo.

Quando um turista adquire um produto de artesanato faz aumentar as exportações portuguesas. Não se conhece contudo a dimensão e o significado desses valores dada a ausência de estudos sobre estas transacções e a sua influência na balança portuguesa.

A Madeira e os Açores possuem alguns elementos sobre as vendas dos bordados pois os respectivos governos organizaram o sector e têm-no controlado de forma notável com ganhos evidentes para todos. Seria oportuno também no Continente considerar as vantagens de organizar o sector e reforçar a sua acção na economia. O seu contributo será uma alavanca importante no domínio das exportações, da empregabilidade e da sustentação das microeconomias locais.

Do Minho ao Algarve, passando pelas Ilhas dos Açores e da Madeira, o artesanato português possui uma extraordinária capacidade de encantar e de mobilizar os nossos sentidos para a arte e cultura populares ancestrais dando-lhe uma modernidade com o contributo dos novos designers que têm vindo a envolver-se também na qualificação da arte popular.

É essencial manter a memória colectiva da herança recebida e transferir aos vindouros essa arte popular única. Teremos o dever de não adulterar a essência e originalidade de cada produto e de garantir o futuro. É assim necessário evoluir para uma protecção inteligente do artesanato português.

Importa, por isso, promover e garantir a acreditação dos artesão, recorrendo a instrumentos robustos, aceites e respeitados por todos. A Carta do Artesão assumiu naturalmente o início de um caminho necessário e útil, contudo, não poderemos ficar apenas por uma das etapas das muitas que é necessário seguir.

A certificação requer também muito rigor e profundidade da defesa dos direitos ancestrais. A origem de um produto de artesanato deve estar devidamente garantida por estudos técnicos e científicos da verdade histórica sobre a sua origem. É por isso indispensável consolidar os processos de certificação com os levantamentos históricos adequados e cientificamente inabaláveis. A Formação Profissional para os vários domínios do Artesanato, terá que integrar os conhecimentos novos que a investigação histórica venha a detectar.

Fomentar o artesanato certificado e com garantia requer unidades produtivas dinâmicas sustentadas num sistema fiscal justo e apoiado por um sistema financeiro que tenha a sensibilidade e compreenda o alcance do desenvolvimento do artesanato.
A junça da Beselga será em breve, um produto de artesanato certificado, que em muito contribuirá para manter o património cultural do país.
Muita atenção e boa semana.

Abílio Vilaça

domingo, 23 de março de 2014

ARGUEDEIRA,0 - CEIREIROS,3

Grande vitória, belo arranque final!

Resultados da 20ª jornada (23-3-2014)

Alvite,1 – Vilamaiorense,1
Arguedeira,0 – Ceireiros,3
Lamelas,1 - Sp.Lamego,0
Olª Douro,3 – Vouzelense,0
Campia,1 – Tarouquense,3
Sezurense,1– Roriz,
Classificação atual
 
Clube
J
V
E
D
Golos
Pontos
1
Tarouquense
20
17
2
1
52
15
53
2
Lamelas
20
12
2
6
31
18
38
3
Sp Lamego
20
8
7
5
33
18
31
4
CEIREIROS
20
6
9
5
27
27
27
5
Alvite
20
7
6
7
23
26
27
6
Vilamaiorense
20
6
8
6
22
20
26
7
Vouzelense
20
7
4
9
24
32
25
8
Campia
20
6
6
8
23
34
24
9
Sezurense
20
5
9
6
26
28
24
10
Arguedeira
20
6
5
9
24
29
23
11
Roriz
20
4
8
8
24
35
20
12
Olivª Douro
20
1
4
15
18
45
7

No próximo domingo não há jogos.

Próxima jornada,21ª, 06 – 04 – 2014
Alvite - Roriz
Vilamaiorense – Arguedeira (antecipado 30/03)
Ceireiros - Lamelas
Lamego - Olivª Douro
Vouzelenses - Campia
Tarouquense - Sezures