terça-feira, 6 de abril de 2010

CEIREIROS TEVE HONRAS DE 1.ª PÁGINA NO DIÁRIO DE VISEU

Diário de Viseu de 6/4/2010

CEIREIROS 'AGIGANTOU-SE' NOS TRAMBELOS E QUASE SURPREENDIA


Taça é Taça e o jogo entre Lusitano, da Divisão de Honra, e Ceireiros, da 2.ª Distrital, provou-o.
Como se não bastasse a diferença de escalão e de qualidade individual, o Lusitano ainda jogava em casa os 'quartos-de-final' da prova mas teve tudo menos vida fácil contra o adversário que viajou da Beselga, em Penedono.
Silvério Gomes apresentou um 'onze' com algumas novidades, tendo Carlos Batista e Diogo nas pontas mas mantendo Arêde na frente e Agostinho e Diego no meio-campo.
Começou melhor a equipa da casa que, aos 20 minutos, adiantou-se no marcador. Confusão ao primeiro poste com Arêde e o guardião Celso embrulhados e a bola sobra para Diego que remata fácil perante a inoperância da defesa visitante.
Ainda assim, a equipa do Ceireiros não pareceu afectada e aos 28' deu o aviso, com Tozé, sozinho, a atirar por cima.
À segunda tentativa o destino do esférico seria diferente. Igor Pinto, pela direita, cruzou bem para o avançado Tozé ser mais expedito que a marcação e cabecear para golo.
Durou pouco o empate a um golo já que, ao minuto 40, Carlitos de livre directo obriga a enorme defesa de Celso para canto. Diego fez a marcação do mesmo e no coração da pequena área, Steven aparece de trás a cabecear sem hipóteses para Celso.
Ao intervalo aceitava-se o resultado que espelhava um encontro equilibrado, ao contrário do se poderia esperar.
O segundo tempo foi tão ou mais intenso. O Ceireiros continuou a fazer, porventura, uma das melhores exibições da temporada e, em pleno estádio dos Trambelos, colocou por momentos o Lusitano encostado à sua área. Aos 50', lance de golo para os visitantes com Tozé a trabalhar bem na área, a arranjar espaço e a rematar para um corte providencial de Hugo em cima da linha, já com Rafael batido. Na recarga a bola saiu ao lado do poste.
Apenas um minuto depois o Ceireiros conseguiria mesmo chegar, novamente, à igualdade. Diogo Lacerda, pela esquerda, deixou Hugo para trás mas este derruba-o dentro da área. Penálti bem assinalado que David Miguel tratou de converter com sucesso.
Menos clara seria nova grande penalidade assinalada por José Gomes dois minutos depois, agora a favor do Lusitano. Arêde entra na área, com dois adversários à ilharga, e parece derrubado. A questão da intensidade levanta-se mas aceita-se a decisão do árbitro.
Agostinho não falhou na conversão e os viseenses colocaram-se em vantagem.
O Lusitano, apesar de ser, quase sempre, mais esclarecido na troca de bola, mostrava alguma dificuldade no último sector, destacando-se o mau dia de Batista. Ainda assim, aos 65 minutos, voltou a estar perto do golo e de 'matar' o encontro só que Agostinho não conseguiu o cabeceamento.
Até final, os locais geriram a vantagem enquanto do Ceireiros só Igor Pinto parecia ter ainda forças para lutar pela igualdade. Aos 73', Igor remata forte e cruzado mas Rafael segura sem problemas e aos 80', após boa desmarcação pela esquerda, o mesmo jogador cruza e vê a bola passear à frente da baliza de Rafael, sem nenhum colega conseguir chegar para o desvio.
Resultado acertado que elogia as capacidades do Ceireiros e a luta incessante por um resultado melhor e que coloca a melhor equipa nas meias-finais.
O árbitro José Gomes esteve em bom plano, mas não pode é ser conivente com a entrada de um treinador em campo só porque lhe apetece.


Vítor RamoS

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