domingo, 11 de setembro de 2011

CAPELA DO SENHOR DOS PASSOS: A ERMIDA QUE PASSOU A SANTUÁRIO

1-Localização e seus modernos acessos
O actual santuário passou por duas fases distintas; primeiro, por ermida, que significa pequeno templo em local ermo. Mais tarde, devido à anexação do espaçoso corpo do santuário, teve jus de ser tratada como templo, devido às suas dimensões e à aproximação da urbe. A primeira mansão do santuário do Senhor Dos Passos, foi transferida das proximidades da Ponte da Senhora, onde desde tempos imemoriais se situava num terreno que há uns anos atrás pertencia aos irmãos Germaninho e António da Fonseca (Toninho do Manuel da Cruz).
Nesta mansão reside actualmente a memória retroactiva dos habitantes da Beselga que, ao longo dos anos, por força da lei da vida, nos foram deixando. O santuário encontra-se localizado na margem Sul da Estrada Nacional, no pequeno monte altaneiro à freguesia a que pertence – a Beselga – a cerca de 6 quilómetros de Penedono, 8 de Sernancelhe e 60 de Viseu e Lamego.
Esta estrada foi construída na década de 40, para substituir as estradas municipais, foi recentemente alargada e modernizada e tem continuidade para outras estradas nacionais, a Norte, a Sul, para Poente e Nascente. Daquele monte desfrutam-se vistas maravilhosas em todas as direcções, mas a que mais nos atrai, além das serras envolventes a Norte, a Sul e a Noroeste, é a excelente vista para além do povoado: a bela e fértil planície e todo o vale da ribeira da Dama, que, durante muitos séculos, foi o primeiro sustentáculo da população daquela aldeia em termos de produção agrícola. Porém, o panorama que se deslumbra para o espraiado Poente é, sem dúvida, o mais deslumbrante que dali se pode contemplar, trata-se de uma paisagem de enormidade de cores e feições, de relevos geográficos fantásticos.
2-DESCRIÇÃO DO SANTUÁRIO
A capela do Senhor dos Passos merece o nome de santuário pelas suas dimensões, arquitectura, situação e elevado simbolismo católico que sempre representou para a Beselga e região desde a instalação da pequena ermida naquele monte altaneiro. Porém, tem agora a sua imagem prejudicada com todas as transformações que se fizeram no terreno, desde a travessia da Estrada Nacional na década de 40, à demasiada aproximação da área urbana. Vieram colmatar, de certo modo, estas deselegâncias, as obras que, desde 1996, se fizeram no seu espaço exterior, que muito contribuíram para embelezar aquele espaço à volta da capela: agora todo o terreiro está artisticamente empedrado. Mas como não há formosa sem senão, na minha perspectiva, o terreiro tradicional deveria ter-se mantido.
Nestas obras, foi construído um belo muro de limitação e a escadaria de granito cinzelado, a qual conduz ao espaço frontal à capela, também ele que até aí era terreiro, digamos terreiro romântico, que ao longo dos anos mereceu ser cantado pelas juventudes de todas as gerações, principalmente as femininas. Na parte posterior, construíram além do pequeno edifício de apoio, um amplo palco para multiusos, onde actualmente se celebra a missa do dia da Festa.
Antes de 1945, o percurso da procissão, no dia dos seus festejos, ao longo de quase um século era dos mais imponentes, atraentes e majestosos que jamais vi, dada a sua posição geográfica.
Este percurso começava na porta principal do templo, rodeava-o pela esquerda, seguia em frente, para Sul, retrocedia de novo à esquerda, descia o saudoso monte do calvário – e é este que está em causa - até à Rua da Portela, junto à chamada encruzilhada, entrando depois no percurso urbano, da aldeia até á Igreja Matriz. O percurso do Calvário foi abusivamente cortado pela dita estrada em 1945, que deveria ter sido substituído por uma passagem aérea, o restante, também abusivamente utilizado para construções habitacionais, e assim devido à ambição de uns e à incúria de outros, perdeu-se o mais belo percurso que se pode imaginar numa procissão de magnificência, uma das coisas melhores que nós tínhamos na nossa terra. Abriga na antiga ermida, num altar primorosamente talhado para aquele lugar, a imagem imponente do Divino Senhor Dos Passos, uma escultura fora do comum no seu tamanho e de formosa apresentação. Na reentrância entre os dois módulos, dois altares de linhas airosas modernas para a época, do mesmo estilo do altar-mor. No altar à direita, vemos a Nossa Senhora da Glória e, no da esquerda, a imagem do Sagrado Coração de Maria. Mais ao centro e à esquerda, o púlpito de pedra lavrada, onde, na antiguidade recente, os pregadores inflamáveis, faziam os seus sermões convencionais comoventes, com grande ressonância de fé, em honra do Senhor dos Passos. Por cima da entrada principal está o amplo coro, de onde em saudosos tempos idos, os músicos davam o sumptuoso som e brilho musical à missa de preceito de todos os anos, no primeiro Domingo de Setembro.
Ao centro, no tecto contemplamos um bonito candelabro oferecido por um conjunto de 28 Beselguenses em 1931, que trabalharam em França como emigrantes após a 1ª Grande Guerra Mundial, e que, daquela forma, encontraram reconhecimento pela proximidade de Deus nas suas vidas.
Quadras cantadas pelas raparigas Beselguenses:
Divino Senhor Dos Passos,
Quem te varreu a capela;
Foram as meninas da Beselga,
Com um raminho de marcela.

Divino Senhor dos Passos,
Quem te varreu o terreiro;
Foram as meninas da Beselga,
Com um raminho de loureiro.
3-A PRIMEIRA CAPELA
A primeira capela já existia desde tempos imemoriais numa quinta situada no Covelo, pertença da família Anciães, de ascendência do Lugar do Seixo – Sarzeda – Sernancelhe. Aquela quinta incorporava várias propriedades agora pertencentes a diversos proprietários, todos alheios àquela família, tendo-se esta ramificado em várias famílias na Beselga, de uma das quais eu sou originário pelo lado materno. Na realidade, um dos membros daquela família foi o meu bisavô Agostinho de Anciães, que em 1832 casou, em segundas núpcias, com a minha bisavó Maria do Nascimento, natural de Chosendo, os quais foram proprietários da referida capela, e que, aquando da vinda do Senhor Dos Passos para a Beselga, a doaram para ser removida para o lugar onde ainda agora se mantém.
Na altura da doação, consta que só já era viva a doadora. À data, naturalmente a capela já estaria fechada ao uso da família, por entretanto se terem mudado para a Beselga, onde viviam na Travessa do Vale, na casa que, mais tarde foi propriedade e habitada pela família do Sr. Lucas. Era a habitação mais próxima do lugar onde iria ser reconstruída a capela. A doadora, quando foi contactada para oferecer a capela, terá dito espontaneamente a seguinte frase: ofereço-a da melhor vontade para Aquele que mais quero para meu vizinho.
A capela, até então propriedade privada, tinha naturalmente fachada, com toda a certeza trabalhada artisticamente, a qual se teria mantido ainda por muitos anos, até à construção do sumptuoso corpo adjacente se concretizar, não sabemos se foi ou não aproveitada neste novo empreendimento, que completou o formoso templo actual. Não creio que a parte principal que era a sua fachada, ou pórtico da pequena capela inicial, aquela que foi o princípio de toda a criação e fantasia futura, terá sido desperdiçada, pelo que poderá eventualmente estar incorporada na fachada da actual capela, será talvez o portal do coro situado por cima da porta principal, cujo talhe, cinzelagem e moldagem me parecem um pouco diferentes do pórtico principal.
4-LENDA

Quando eu era jovem, ouvia dizer às pessoas mais velhas - e existia a ideia fixa nos habitantes da Beselga dessa data – os quais talvez se baseassem numa lenda, que ligava à protecção que O Divino Senhor Dos Passos sempre demonstrou às gentes desta povoação, e que era o seguinte:
Depois que instalaram na capelinha aquela imagem milagrosa Do Senhor Dos Passos, jamais as trovoadas provocaram os estragos que dantes se verificavam, nas culturas, ou mesmo pessoais, porque logo que as grandes nuvens negras ameaçadoras, de trágicas lembranças, se aproximavam dos limites da Beselga, vindas do Sul, que na sua generalidade é o ponto por onde quase sempre aparecem as mais destruidoras trovoadas, por obra e mercê do Divino Senhor Dos Passos, paravam nos limites da aldeia de Beselga afastando-se em círculo, sem ali fazerem grandes estragos materiais, muito menos humanos.

5-A VINDA PARA A BESELGA DA IMAGEM DO SENHOR DOS PASSOS
O autor da descrição desta estupenda história, condicionado pelos conhecimentos que a sua memória lhe torna possível, teve a máximo preocupação de não adulterar a versão dos acontecimentos que mais adiante vamos narrar e que ocorreram há cerca de século e meio, na Freguesia de Beselga, concelho de Penedono. Chegaram até nós, transmitidos oralmente de geração em geração e, por via disso, admitimos que algo da admirável história se terá perdido ou desvanecido progressivamente, no decorrer do tempo e na passagem pelas diversas personagens, ou tendo estas concentrado, na sua memória, apenas a essência das passagens mais em evidência.
Para salvaguardar o que ainda nos foi possível preservar teria que alguém empunhar a pena e passar a escrito tudo o que resta, que é o que nos foi possível interiorizar ao longo da nossa adolescência e juventude, na convivência com as pessoas mais eruditas nesta questão, para que, no futuro, não se perca ou deteriore o que nos parece a verdadeira versão dos referidos acontecimentos, embora talvez algo fragmentada. Tive a felicidade de ouvir algumas pessoas com quem convivi nas minhas infância e juventude, as quais, infelizmente, já não se encontram entre nós. Apenas cito uma, a cuja memória sou sensível, por se tratar de minha mãe, a qual me serve de referência para fazer as revelações mais exactas e credíveis, pelo facto de ter sido a sua avó, Maria do Nascimento, natural de Chosendo e viúva de seu avô Agostinho Anciães, quem ofereceu a capelinha de que eram proprietários e, na qual, também ainda hoje se abriga a Imagem do Senhor Dos Passos, que ao tempo se situava na Quinta do Covelo, propriedade que era há muitos anos da família Anciães. A capelinha foi depois transportada e reedificada no monte altaneiro, dominante e sobranceiro ao povoado, que então foi escolhido como mais adequado para o efeito desejado. Foi logo instituída a festa em honra do que viria a ser para sempre o patrono da Beselga, para o Primeiro Domingo de Setembro de todos os anos que se seguiram e se repetirão até ao último dos habitantes daquela terra por Ele abençoada. E, ainda em comemoração do jubiloso aniversário do grande acontecimento que transformou as gentes desta terra e de todas as suas gerações futuras. Nesse ano incerto do século dezanove, no Primeiro Domingo de Setembro, fez-se a primeira festa ao Senhor Dos Passos. Muita gente perguntará: porquê no Primeiro Domingo de Setembro? Esta pergunta tem lógica, porque como sabemos, as manifestações e celebrações religiosas ao Senhor Dos Passos, fazem-se normalmente na Semana Santa, por Ele ser o símbolo da Dor, do Martírio e da Paixão. Como se faz então uma festa solene e de preceito ao Senhor Dos Passos noutra época? E porquê na Beselga? Os beselguenses daquela época conheciam bem o simbolismo que a Imagem de Jesus desde a Agonia no Horto das Oliveiras até ao Calvário e ali até ao último suspiro no alto do madeiro, representa para o Cristianismo. Por este motivo, instituíram, na véspera, a Procissão e Sermão da Paixão, uma preparação interior, para a festa solene do dia seguinte, que seria festa de alegria com pompa e circunstância religiosas, em princípio seria em honra do seu mais recente habitante e também em homenagem à chegada e oferta da preciosa relíquia à comunidade da Beselga, que nessa ocasião atingiu aquele estádio privilegiado e, desta forma, honroso da permanência dentro dos seus muros para sempre, daquela IMAGEM DO SENHOR DA ESPERANÇA.
A partir desse dia Primeiro, dos Primeiros Domingos de Setembro repetiu-se sempre todos os anos no Primeiro Domingo de Setembro, excepto naquele malfadado ano de 1944, o das desavenças entre mordomos e o pároco, sem que uns nem o outro se lembrassem do povo anónimo que, tendo despendido parte do seu exíguo rendimento, para que tudo no possível estivesse preparado, foi defraudado nas suas aspirações que alimentavam durante um ano, o de ter mais um dia Maior nas suas Vidas.
6-OS BÁSICOS E ORIGINAIS ACONTECIMENTOS
Foi a vinda do sacerdote Cristóvão de Nossa Senhora do Patrocínio, para a paróquia de Beselga como seu pároco, que deu origem a uma nova era que fez desta terra palco de acontecimentos insólitos e sucessivos que viriam a modelar a feição religiosa e cultural deste pacato e laborioso povo. O novo pároco tinha deixado, por coacção do povo, numa das paróquias que precederam a sua vinda para a Beselga, a actual Imagem do Senhor Dos Passos. Era sua e expunha-a nos lugares sagrados do culto cristão para devoção do público e sua veneração, mas sem dela dispor ou abdicar a favor de alguém. Logo que se instalou nesta paróquia de Beselga, fez chegar aos novos paroquianos a angústia que o roía por ter sido espoliado da sua santa relíquia, e, naturalmente, pediu àqueles, ajuda para recuperar o que consideraria o seu melhor bem.
Os homens da Beselga, valentes e determinados, como sempre o fizeram em situações difíceis, puseram-se ao dispor do seu pároco para que a razão e a justiça fossem repostas.
O pároco terá então sido o ideógrafo já que só ele conhecia bem os detalhes do local pelo que, forçosamente, teria de facultar o esquema gráfico aos seus homens para o bom êxito daquela espinhosa tarefa, como de facto consta que resultou em pleno. Só depois de tomadas aquelas medidas e outras precauções de todo indispensáveis, o grupo de voluntários resolutos, naturalmente convencidos da exequibilidade da sua missão, se puseram noite dentro a caminho do local indicado pelo seu pároco. A imagem encontrava-se, com toda a certeza, segundo as versões que ouvimos das pessoas mais velhas, em Aldeia de Sendim.
Assim, sabe-se ao certo que aqueles robustos e audazes homens partiram na direcção daquela localidade e que o seu regresso aos limites da Beselga se deu manhã cedo, serenos e ufanos da façanha intrépida que levaram a cabo com êxito. O primeiro contacto com o pároco terá sido à chegada aos limites da Beselga com Chosendo, lá para os lados do Quintinho, onde este e o seu povo, ávidos de curiosidade, os aguardavam. Finalmente o povo impávido como que desperto de um sonho de agradáveis fantasias, pôde contemplar a almejada imagem, ali ao alcance da curiosidade e dos seus olhos a poderem possuir. A imagem resgatada, logo que se entronou na sua modesta mas bela capelinha, passou a irradiar a sua influência sem limites sobre as populações da região, pelo que, a partir daquela data memorável, ao longo dos tempos, se revelou uma imprevisível evolução sentimental em honra do Divino Senhor Dos Passos. A veneração que lhe prestaram no decorrer dos tempos - e ainda agora lhe prestam com o mesmo fervor - levou o seu dogma a ser projectado muito para além das fronteiras desta freguesia e mesmo para toda a parte daquela região Beirã.
Assim, todos os anos, no decorrer dos seus festejos, acorriam à Beselga inúmeros forasteiros para venerar o Senhor Dos Passos, porque a sua fama milagrosa corria por todos os lados. Não admira, pois, que por muitos anos, a festa fosse muito concorrida talvez a mais procurada desta região, mas muito em especial, por todos aqueles que desejavam alcançar as graças para as suas enfermidades e também pelos que já as haviam recebido e foram muitos, a avaliar pelo testemunho que ainda dispomos, de uma colecção de quadros de ex-votos valiosa no aspecto cultural – talvez que algo depauperada – que eram oferecidos por crentes agradecidos, os quais contêm “fotografias” e legendas elucidativas, da forma concreta de agradecer as Graças sob eles derramadas, por a Quem tão sinceramente e confiadamente suplicaram a sua intercessão para a cura dos males que os afligiam.
A partir daquela data, a santa imagem do Divino Senhor Dos Passos passou para a posse definitiva do povo da Beselga, porque o seu pároco, reconhecido, ofereceu de sua espontânea vontade a sua santa relíquia que tanto amava, talvez por ser aquela a melhor forma que encontrou para premiar o esforço dos arrojados paroquianos. O pároco Cristóvão de Nossa Senhora do Patrocínio conservou-se nesta paróquia até resignar, tendo-se depois retirado para o Convento da Falperra, situado próximo do grande Santuário Mariano de Nossa Senhora do Sameiro, nos arredores de Braga, onde, segundo consta, repousa para a eternidade.
A capelinha, que passou a ermida, era mais baixa, tendo sido alteada para as actuais dimensões no ano de 1942, pelo pároco padre Carlos Rodrigues. Na noite de Sábado, como era costume na época, instituiu-se o tradicional arraial que ainda se pratica, se bem que, em moldes muito diferentes dos arraiais praticados até á década de 1930.
7-O ARRAIAL
Vê-se nos dicionários que arraial deriva de Real, caso concreto, traduz-se em festa mundana ao ar livre na noite da véspera da romaria. Todas as romarias eram antecedidas do arraial da véspera e nas imediações do local, onde no dia seguinte se fazia a festa ao seu santo e patrono e onde não faltavam a iluminação multi-colorida, filarmónicas para animação e bailados e o indispensável fogo de artifício à mistura com os grandes morteiros, para alertar e atrair as populações vizinhas. Ao arraial que se instituiu logo na primeira festa, em honra do Senhor Dos Passos não faltava nenhum desses ingredientes tão apreciados para servirem de “isco” aos forasteiros e também para que se tornasse aberto a todos os que nele quisessem participar para se divertirem e confraternizar, o qual serviria de tubo de escape para todas as contrariedades e canseiras acumuladas ao longo de todo o ano. Mas, depressa, o sentido real do arraial foi subvertido por grupos de indivíduos mal-formados e bem organizados, que pouco a pouco se foram aproveitando da boa fé destas gentes que davam todo o seu esforço e empenho para que a festa fosse melhor que as anteriores.

- António Augusto Beco, Extracto de Divino Senhor dos Passos, Pequenina História Fascinante

1 comentário:

Alfredo Ramos Anciães disse...

Já conhecia esta linda História.

Por falar nos ANCIÃES e nos milagres, aqui vai a legenda de um quadro ex-voto referente a um ANCIÃES:

«M. q. Fez N.S.dos Passos a Jose d`Anciaeñs da Beselga, q estando a inrolheirar ûm carro de trigo, cahio em cima da roda ficando muito mal tratado e em perigo de vida, e implorando a proteção ao Divino Senhor com sua molher e filhos, em breve tempo milhorou, ficando sem lezão. Anno de 1860».

Este quadro encontra-se à responsabilidade dos párocos e mordomos das festas da Beselga. Tratando-se de ex-votos raros e valiosos para a História do Senhor dos Passos e da Beselga, talvez os mesmos ex-votos devessem ter maior cuidados de protecção contra eventuais "amigos do alheio".

Sabemos que outros quadros ex-votos do Senhor dos Passos se encontram no Museu Grão Vasco. Estes, de tão "preservados" que estão, raramente saem das reservas do museu, o que também não é a melhor política museológica de divulgação.

Parabéns ao autor do texto da "Capela do Senhor dos Passos ... " e ao seu editor aqui no blogue.