
Na minha formação académica aprendi que se deve escrever em função do público leitor e aqui se encontra um exemplo perfeito. Depois de ter escrito mais um « Retratos Ceireiros » e publicado no arquivo beselguense, onde primou por uma linguagem eruditamente simples, eis que… em função de outros comentários sentimentalmente próximos… escreve aquilo que, quanto a mim, de mais belo se escreveu em relação à Beselga e ao povo ceireiro ! E que, a mim, me tocou profundamente… talvez pela distância nos tornar mais sencíveis ao local onde pertencemos… talvez… talvez porque a distância sepulta tudo o que a proximidade nos dá ! E, são textos como este que nos fazem parar de chorar, porque a tristeza tem capacidade de usurpar o mais belo dos sonhos… como diz Mário Lourenço : « são desabafos da memória… »
Quanto ao « sentimento genuíno ceireiro… » Nós sabemos bem o que isso é!
Paulo Leitão
texto publicado no jornal Progresso de Penedono
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